sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Relojoeiro

Trabalho nesse ofício já há algum tempo. Posso te dizer que já me acostumei com a rotina de ser um relojoeiro. Pequenos consertos, rápidos ajustes, e pessoas sem paciência pela feitura do meu serviço. Não que me considere lento para o trabalho. Mas meus clientes não prestam muita atenção ao tempo que dedicam a suas tarefas. Inclusive a de se consertar o próprio relógio, instrumento que indica o tempo ainda restante. Tempo de suas vidas.
Já estou perto de me aposentar. Tenho 61 anos, dos quais quarenta foram dedicados a ajustar mecanismos de relógio. Uma vez ou outra troco pulseiras. Umas mais apertadas e outras mais frouxas. Mas na maior parte do tempo estou consertando pequenas engrenagens, detalhes mínimos, mas que fazem ajustar o tempo do relógio. E, claro, da pessoa dono dele.
Meus clientes nunca prestam atenção em mim. Sempre chegam, dizem o problema, sem saber exatamente o que é, e me perguntam.

-         Vai demorar muito?

Olham para mim como se eu fosse responsável pela perda de tempo que terá ao não ter o relógio funcionando. Perdem sempre seu tempo. Lamentam por isso. Mas, tardiamente, lembram-se de consertar o relógio. O que poderiam fazer com esse tempo perdido, me pergunto.
Muitas coisas...
Apesar dos meus clientes não prestarem atenção em mim, eu estou sempre atento à conversa deles. Sempre tento entender a razão do problema, pois sempre tem um, e me coloco a disposição, ao menos em pensamento, para solucionar o problema. Eu ouço:

-         Poderia ter voltado atrás e aceito o pedido de desculpas. Seria tudo diferente.

É a lamentação que mais ouço em minha oficina. Tão fácil aceitar um pedido de desculpas. Difícil é pedir desculpas. Mas é um momento único em nossas vidas. Alguém virar para você e pedir desculpas. Qual o mal em aceitá-las? O orgulho de se fazer entender que está certo? Só isso. Vale a pena sempre estar certo? O que seria mais valioso, então. A certeza a respeito de algum assunto ou a humildade da pessoa que pede desculpas?

-         Eu aceito as desculpas! – pensei em interromper a fala dos meus clientes dizendo isto.

Mas não faria a menor diferença. Como eu disse, as pessoas não prestam atenção em mim. Apenas vem com seus relógios, atrasados, querendo que eu conserte o tempo deles. Mas o tempo se foi. O relógio não volta atrás.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Muito prazer, meu nome é Otário!


Mais uma vez venho aqui falar de política. Não que não goste do assunto. Tema também relacionado à filosofia, a ciência política me atraí. Passar pelas leituras de Hobbes, Maquiavel, Rousseau e Montesquieu para mim é um deleite. Mas estou no Brasil. E sendo assim, muito prazer. Meu nome é Otário.
Por que o radicalismo, perguntaria você, leitor. Desavisado que está, suponho, acredita ainda num país de faz de conta, de promessas não pagas de um lado (governo) e pagadores de promessas do outro (nós, os governados). Mas vou contextualizar para você. Tenha paciência e logo logo entenderá. Compreenderá que não há mais o que ser feito. São palavras e não ações. Dito isso, vamos a compreensão.
O tamanho da minha indignação é a mesma medida que se estabelece ao caso do mensalão. Tantos anos de corrupção, de projetos de lei aprovados na base da propina. Tantos anos de investigação, em várias CPIs, ineficientes, procrastinadoras, verdadeiras novelas mexicanas. Ou melhor, novelas brasileiras, de tão péssimo gosto que tem ainda um odioso Supremo Tribunal Federal, possuidor de uma longínqua dialética, onde falou-se de tudo e de todos. Mas não decidiram nada de fato. Decidiram sim, verdade, utilizando os mais comezinhos argumentos jurídicos apenas para dizer o quão a casa é justa. Decidiram aceitar mais um recurso dos mensaleiros.Um insólito embargos infringentes.
Para quem confunde embargos infringentes com algum produto de limpeza pode ficar tranquilo. É isto mesmo. Só que é um detergente especial ou, melhor, extraordinário. Limpa não só a gordura, mas todas as canalhices que o ser humano possa cometer e ainda lhe dá um título. O de injustiçado.
Você vai ver e ouvir esse discurso em 2014. Não sou profeta, mas apenas um leitor mais atento ao que acontece aí fora. Os mensaleiros tornarão, mais uma vez, parlamentares, ou homens do Poder Executivo, que aparecem em sua TV dizendo que o Brasil vai pra frente. Pra frente do Haiti!
Muitos dirão que nosso Supremo Tribunal agiu de modo correto, garantiu a Constituição. Muito bem, até pode ser, que os dragões não sejam moinhos de vento. Mas fornada está pronta e a pizza servida. Muito prazer, você também é Otário.
E aí vejo que Dom Quixote, obra que agora estou lendo, não é muito diferente de nós, brasileiros. Enquanto o cavaleiro de La Mancha enfrenta, em seus delírios, inimigos imaginários, nosso povo vão às ruas acreditando que se está fazendo revolução. E até temos um amigo que nos dá apoio, como Sancho Pança o faz em relação a Quixote. Nossa amiga imprensa, que aplaude os manifestos sem dizer o que realmente se deseja no meio do montim. Nós, O Povo Brasileiro, que acredita ser um bando de Che Guevara, mas que desce do cavalo apenas de quatro em quatro anos. Não quando há eleições e nem aumentos de vinte centavos na tarifa de ônibus. Mas quando há Copa das Confederações no Brasil e câmeras no padrão FIFA. Aparecemos quebrando vidraça de banco, pichando os muros da cidade e ateando fogo em ônibus e lixeiras. Não escrevemos um manifesto e nem votamos nas pessoas certas. Acreditamos que tudo vai mudar, que o Brasil é o 24º país mais feliz do mundo e o que vale a pena é ser Hexa Campeão do mundo, sendo o Neymar o melhor da copa, tudo mais não importa. O sabor da pizza também pouco importa. Já se vão mais de oito anos sem nada acontecer em relação aos mensaleiros. E vai acontecer?

Muito prazer, seu nome é Otário.

Jardineiro - parte final.

E o vento continuava, ainda mais forte. Como que causando confusão e temor àquela casa. Fechei bem a porta e a janela, apesar do vidro, que deixava alguma força soprar dentro do apartamento. O Visitante saiu da janela e sentou-se a mesa. Minha mãe ainda continuava lá, mas já apreensiva por causa do vento.
Não era um vento normal.
Tentei acalmar os dois naquele momento. Os dois ficaram juntos, um tentando acalmar o outro. Eu tentava entender por que tanto vento. A força era imensa que causava um som aterrorizante. Fiquei meio confuso, pois, não sabia o que faria. Se sentava a mesa e me juntava a minha mãe e o Visitante, ou se dava conta de fechar todas as aberturas da casa para que não houvesse mais vento.
Mas a porta foi tocada.
Minha mãe ficou mais uma vez surpresa. Não havia tantas pessoas a visitarem nossa casa nos últimos tempos. Este Visitante, na verdade, era o primeiro. Mas aquela noite estava especial. Curiosamente especial. Fui até a porta para abrir. Minha mãe e o Visitante ansiosos por ver quem era. Abri a porta.

-         Você tem que sair agora dessa casa. – disse a mulher que estava a porta.
-         Mas Mulher meu lugar é aqui. Esperei todo esse tempo para aquilo que vê na mesa. Era o que mais eu desejava. E hoje pude fazer isso.
-         O Visitante fica. Não será mais Visitante. Há muito tempo se tornou um hóspede. Você deve voltar!

Nesse momento começou a chover. Caía uma tempestade como muito tempo eu não via. O vento continuava. Aquela mulher ali na porta dizendo para eu sair de casa. E a chuva caía torrencialmente. Meu pensamento estava confuso e me sentia um pouco tonto. Eu sempre esperei uma visita na minha casa. E essa visita tinha muito tempo que eu não via. Desejei desde a última vez que eu o vi. E antes de vê-lo, desejei ainda mais sentá-lo aquela mesa junto à mulher, que preparava meu alimento. Não tem mais nada a se fazer lá fora. Tudo está feito. É meu momento agora. Ficar em casa.

-         Não. Seu momento é lá fora. Sou sua mãe também. Vi você ainda criança e, por muito tempo, você freqüentou minha casa. Tenho esse direito. Foi difícil chegar até aqui. Mas você deve obediência a mim. Não por obrigação. Mas por carinho. É meu filho também.

Reconheci aquele rosto. Por muito tempo eu o vi. Sua luta em cuidar de um ser humano foi honrosa. A mesa da casa dela não era grande. E às vezes ela ia, junto com seu filho, para outras casas. Para outras mesas. Não me sentia obrigado. Mas me sentia comovido. Era mais forte do que eu. Não era uma questão de obediência. Era afeto. Mas...

-         Eu quero ficar. Já cuidei do Jardim. Ele está pronto. O Fruto Distante caiu e semeou. A Graxa revitalizou-se e ficou forte. A Flor Delicada tornou-se um Jardim, de muitas outras flores. O Jardineiro de um Pinheiro Só agora tem um bosque. Minha presença não faz mais sentido.

Desceu uma lágrima em mim. Não era um Visitante. Era meu pai. Não era uma Árvore Grande. Era minha mãe. Não era uma mesa. Era minha família. Minha vida estava ali. Não queria voltar.
Nesse momento, o Visitante levantou-se da mesa e juntou-se a Mulher à Porta. E ele, com toda a compreensão do que estava acontecendo, mais uma vez abriu mão do que sentia.

-         Filho, você deve voltar. Não seja teimoso como eu fui. Outro dia vamos nos ver. Aliás, toda a noite estarei na janela. E você sabe como eu gosto de janela. Volte. Escute sua segunda mãe. Você tem uma mesa lá fora. E isso sempre foi seu desejo. Ter sua própria mesa.
-         Quero ficar com você, Pai. É você e minha mãe na mesa. Quero ficar.
-         Também quero meu filho. Entendi isso muito tempo depois. Nunca fui só. Sempre foi nós dois. Mas sou seu Pai. Deve ir.

O telefone tocou. Tocou forte. Ventava forte também e a chuva tinha aumentado. Não parava de tocar o telefone e estava ficando estridente. Eu estava na porta junto com a Mulher que me visitava. Minha mãe ainda sentada à mesa. Meu Pai na janela apontando para o telefone e dizendo.

-         Atenda!

Agora chovia em mim. Eu chorava muito, meu peito estava apertado. A Mulher à Porta também chorava. Minha mãe saiu da mesa e foi para o quarto. Meu Pai, a minha frente, encorajou-me a atender o telefone, que não tocava, gritava. Fui caminhando lentamente. Meus passos eram cambaleantes. Não conseguia entender mais as palavras devido ao alto som do telefone. Minha visão foi ficando turva. Senti-me tonto. E quando ia pegar o telefone para atendê-lo, senti meu corpo pesado.
Caí.
Parecia ter batido a cabeça forte. Ainda não tinha aberto os olhos. Mas já conseguia ouvir alguma coisa. Um choro e um grito de mulher. Conhecia aquela voz. E isso me fez ter forças para abrir os olhos e ver mais uma vez o rosto de minha esposa. Quando abri os olhos, uma outra voz soou naquele quarto de hospital.

-         Graças a Deus! Ele acordou.

Vi meu velho amigo de infância ali na minha frente. Vi também meu corpo cheio de tubos e soros. Estava deitado em um quarto de hospital, na UTI. Minha mente estava confusa. Não conseguia falar direito. Minha esposa chorava e pulou na cama, me abraçando. As enfermeiras disseram para ter cuidado, porque foram quarenta dias de coma, e eu já tinha uma idade avançada. Vi minha irmã também. Havia voltado do exterior, junto com seu marido. Vi dois homens grandes e bonitos também a minha frente. Não entendi direito o que eles falavam, mas pareciam dizer. Melhor, pareciam gritar.

-Pai!

Eram meus filhos. Dois filhos que abraçavam a mãe que tinha sofrido muito nesses dias. Eu ainda estava confuso. Minha mente não conseguia se organizar. Eu tinha acabado de acordar de um coma. Não conseguia mover minhas pernas, mas sentia força nos braços. Mas me sentia melhor. Era minha família ali. Mas estava faltando alguma coisa. Mesmo não sabendo naquele momento exatamente o que era, meu coração dizia que faltava alguma coisa. Eu lembrava do apartamento. Do Jardim. Dos meus pais. Da Mulher à Porta dizendo para ir embora. De tudo isso. E aqui no hospital, minha esposa, minha irmã, meu amigo e meus filhos ajudavam a lembrar de algo. Mas eu não poderia esquecer.

-         Pai, graças a Deus você voltou à vida. Tome isso aqui. É seu presente!

Uma linda mulher dizia ser minha filha. Era minha filha. Ela havia acabado de entrar no quarto. Meu velho amigo de infância havia telefonado para ela dando a notícia. E eis o presente que ela trouxe.

-         Pai, seu pinheiro. Ele é seu.

Era um pequeno pinheiro. Chorei sem saber exatamente o motivo. Minha esposa caiu mais uma vez em prantos por não entender por que eu chorava. Meu velho amigo de infância não agüentou também. Minha irmã, meu cunhado, meus outros dois filhos, todos ali no quarto de hospital, na UTI, choraram. E eu gostei do pinheiro. Mas não entendi por que o pinheiro. Fiquei curioso. Emocionado. Perguntei a minha filha.

-         Por que você me deu um pinheiro?

Todos pareciam entender porque minha filha me deu um pinheiro. E eu fiquei ainda mais curioso. Mas tudo foi revelado quando minha esposa, calmamente, foi em direção à janela do quarto e abriu a cortina. E aí eu vi. Entendi.

-         Era um Jardim lá fora.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Jardineiro

Não poderia ver o Jardineiro. Ele foi se deitar. Também não compreenderia, por mais que tentasse passar a mensagem. O estado do Visitante ainda era precário. Muita confusão em seu pensamento. Não poderia ver.
Mas me senti tocado pelo Visitante. Foi uma luta chegar até ali na porta e bater à porta. Sentia que minha mãe também pensava a mesma coisa a respeito. E quando ocorre algo semelhante, volto-me para a janela e lanço mais sementes, como conforto.
Não poderia ver.
A mesa estava posta e convenci o Visitante a sentar-se. Ainda persistia no pedido, mas eu não poderia de imediato dizer a ele que era pouco provável ver o Jardineiro. Isso dizendo parcialmente a verdade.
Não há Jardineiro.
Mas todos vêem o que querem ver. Minha mãe sabia disso. Mas eu era tocado a dizer a verdade. E aquele Visitante estava ansioso por ver o Jardineiro, este que não poderia ver e não havia mais.
O Jardineiro foi se deitar.
Quando se sentou a mesa o Visitante, minha mãe chegou próximo a ele e lhe mostrou algo. Fiquei curioso, mas não ousei perguntar, pois confiava em minha mãe. Entretanto, suspeitava do que fora e a interpelei dizendo:

-         Não faça isso, mulher.
-         Filho, será necessário.
-         Não faça.

Pouco adiantou meus pedidos para que não fizesse aquilo. Minha mãe mostrou a ele uma fotografia do Jardineiro. Uma fotografia minha observando o Jardineiro. O Visitante logo entendeu e foi em direção a janela. Nesse momento, pensei que o Visitante iria cair em razão de tanta euforia em querer ver o Jardineiro. Mas não foi isso que aconteceu.
Na janela, o Visitante não conseguiu ver o Jardim. Não havia a Graxa, a Árvore Grande, o Fruto Distante, a Flor Delicada, nem viu mesmo o Jardineiro e seu amigo, o Jardineiro de Um Pinheiro Só. Pensei que, por um momento, o Visitante ficaria frustrado. Mas não foi isso que ocorreu. Vi uma alegria em seu ser. Um alento. Talvez uma justificativa para ele mesmo de tudo o que aconteceu.
Ele viu uma criança.
Essa criança corria e corria. Brincava onde era o Jardim. Ria de qualquer coisa sem algum motivo. Ele não reconheceu o rosto da criança. Mas sentiu uma afinidade por ela.
O Visitante gostava de criança.
Em meio à brincadeira daquela criança, o Visitante viu uma mulher, que brincava e repreendia a criança ao mesmo tempo. O Visitante quando viu a mulher ficou aliviado. Parecia tê-la reconhecido. Especialmente quando outra mulher apareceu e gritou, chamando pela criança.

-         Venha, sou sua Tia.

Quando o Visitante viu a Tia uma lágrima desceu. E ele começou a entender ainda mais o que estava lá fora. Nem me perguntou algo. Sentia-se saber de tudo. Foi revelado.

-         Mas onde está o Jardineiro? – perguntou o Visitante.

Não respondi. Qualquer palavra minha faria confusão ao seu pensamento. Eu sentia que ele compreendia tudo. Minha mãe, sem falar comigo, também percebeu meu pensamento. E para que explicação? Ele via. Sentia. Compreendia. Palavras, às vezes, causa confusão.

-         Por isso a fotografia, Mãe?
-         Sim, por isso a fotografia.

E o Visitante ficou um bom tempo na Janela, vendo o Jardim que não mais existia. Estava lá a criança e duas mulheres. Não se cansou de ver. Renovou-se com isso. Deixei-o ali e fui até minha mãe. Conversei com ela a respeito e assim concordei.
O Visitante será meu hóspede por algum tempo.
Isto tudo foi de noite, mas quando o Visitante viu a criança já era alvorada. E nesse momento, não raramente, ventou em minha casa. Minha mãe também estranhou o fenômeno, mas, imediatamente, ordenou que eu voltasse a observar o Jardim. O Visitante viu uma criança e uma só das mulheres. Eu não via o Jardineiro.
Naquele dia o Jardineiro não retornou.





Fiz dois gols. Posso ir para Seleção?

Essa pergunta deve estar no pensamento de Ronaldinho Gaúcho. Na última quarta-feira, R10 fez dois golaços de falta contra o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. E eis a questão: os dois gols que o craque do Galo fez o habilita a Seleção Brasileira?
Na visão de Luiz Felipe Scolari sim, pois, foi este o critério da convocação de Alexandre Pato, jogador do Corinthians, quando fez dois gols contra o Flamengo, também pelo Campeonato Brasileiro.
Mas será que é esse mesmo o critério?
Acredite se quiser!
Se for assim, o Valter, atacante do Goiás, merece a convocação mais que o Pato. Na terça-feira, também pela disputa do Brasileirão, o “gordinho” Valter fez dois gols contra o Grêmio. Mas seu nome apenas foi lembrado pela torcida: “ão, ão, ão, Tufão é Seleção!” – gritava a torcida esmeraldina.
Mas Pato foi convocado.
E o que é o Pato? Um jogador que apareceu como promessa no Internacional e até hoje, não fez cumprir o prometido. Um jogador sem graça, com uma técnica questionável, com gols raros, e uma falta de criatividade para comemorar os gols. A habilidade do Pato é pagar pensão alimentícia e pegar atriz global. É um Pato mesmo.
A seleção canarinho, que joga amanhã em Brasília contra a Austrália, não tem Hulk e Fred. Oscar também é dúvida, pois, machucou no treino. Sem muitas opções entre os convocados, Felipão montará a seleção no improviso. Diante disso fica a pergunta: o que falta ao R10 para voltar a Seleção Brasileira?
Vou dar umas dicas ao craque do galo:
Primeiro, tenta namorar uma atriz da Globo. Talvez assim, o chatíssimo Galvão Bueno volte a narrar Ronaldinhoooooooooo!!!, quando fizer um gol, pois gol do Pato fica difícil.
Segundo, inventa uma comemoração de gol sem nenhuma criatividade e inteligência, até porque para Pato mão é pata.
Terceiro, não ganhe a Libertadores, pois a Recopa é um título mais importante e mais visto pela imprensa nacional e pelo Felipão.
Quarto, não dê passes de 50 metros, deixando o Jô na cara do gol, porque o Felipão gosta de jogador que fica na banheira, ou na piscina, como o Pato.
E, por fim, quinto, não faça dois gols de falta, colocando a bola na furquilha, porque isso não tem musiquinha do Fantástico, e o Felipão não assina PFC de Minas. A Globo oferece, como patrocínio, apenas o PFC Rio e São Paulo.
É isso, no país do futebol, quem tem Ronaldinho Gaúcho, joga com Pato.

Vou ver o US Open!