Caros leitores deste blog,
No momento em que escrevo esse post ouço a música Razão de viver, do Roupa Nova, e outras que vêm na sequência.
Sem contar que ontem ouvia outros grupos do gênero melodramático-teamo-e-sofro-porisso, dentre os quais Bruno e Marrone e demais derivados.
Essa semana sinto que uma onda de romantismo tomou conta do meu coração e, por consequência, dos meus ouvidos, fato que me fez ouvir o acima citado gênero musical.
O que vcs não sabem é de onde arrumei inspiração pra gastar meu tempo com tal estilo. Aconteceu no último domingo quando voltava de Belo Horizonte, após uma longa viagem até Porto Alegre-RS. Dentro do ônibis um cidadão, que não perdi o tempo de saber quem era, ouvia de seu celular, e todos foram obrigados a ouvir também, a seguinte letra proveniente dos funks cariocas: "A fila anda, a catraca gira, se sentiu saudade vai pro final da fila...", de um tal de MC Frank.
Ocorre que esse trecho lunático entranhou-se na minha mente como um vírus que não quer largar a sua vítima. Desse entranhamento decorreu uma nostalgia tremenda a respeito de histórias recentes passadas comigo.
Parece que essa verborréia musical foi propositadamente colocada naquela hora pra que eu pudesse me tocar de que a fica anda, e se ela sentiu saudade terá que ir pro final da fila. Caramba, num acredito que to dizendo isso.
Isso prova, senhoras e senhores, que do esgoto pode vir algo que serve pra vc. No meu caso, sai do esgoto das letras de alguns funks (observem, eu disse ALGUNS), passando por alguns sertanejos ditos universitários, até chegar à clássica e diferenciada produção do fantástico Roupa Nova.
Assim como aconteceu comigo, o importante é tentar aproveitar o péssimo momento, como por exemplo aquele em que vc é obrigado a ouvir um estilo que pra vc é deplorável, mas que alguns instantes depois estará com um belo e fantástico Roupa NOva pra lavar aquele esgoto.
É isso aí, pessoal.
Chega de tanta inspiração.
Depois dessa, só tomando aquele nosso famoso café de sempre, afinal a catraca gira.
Abraço a todos.
